Nas primeiras décadas do século XIX, ocorreu uma verdadeira “redescoberta do Brasil”,
como identificou Mary Pratt, graças à ação de inúmeros Viajantes europeus, bem como às Missões
Artísticas e Científicas que percorreram o território, colhendo diversas informações sobre o que
aqui existia. Foram registrados os diversos grupos humanos encontrados, legando-nos um retrato
de diversos tipos sociais. Rica e fundamental foi a descrição que fizeram da Natureza, revelando
ao mundo diferenciadas flora e fauna. Entretanto, até o início dos oitocentos, os estrangeiros
foram proibidos de percorrer as terras brasileiras, e eram quase sempre vistos como espiões e
agentes de outros países.
O grande afluxo de artistas e cientistas estrangeiros ao Brasil está ligado:
a) à política joanina, no sentido de modernizar o Rio de Janeiro, inclusive com o projeto de criar uma
escola de ciências, artes e ofícios;
b) à pressão exercida pela Inglaterra, para que o governo de D. João permitisse a entrada de cientistas e
artistas no Brasil;
c) à transferência da capital do Império Português de Salvador para o Rio de Janeiro, modificando o
eixo econômico da Colônia;
d) à reafirmação do pacto colonial, em função das proposições liberais da Revolução do Porto;
e) à política de vários países europeus, que buscavam ampliar o conhecimento geral sobre o mundo, na
esteira do humanismo platônico.