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Este espaço foi criado para os professores e alunos selecionarem questões para serem organizadas listas de exercícios por assuntos. Estamos sempre atualizando com questões de vários vestibulares e do ENEM. Todas as questões estão gabaritadas.

Revolução Francesa - Exercícios com gabarito

01. (UDESC) - Alguns historiadores analisam que a Revolução Francesa (1789) comportou duas revoluções , ocorridas paralelamente: a burguesa e a camponesa. Assinale a alternativa incorreta, a respeito de algumas das questões que justificariam essa análise sobre a Revolução Francesa.

a) As agitações e turbulências provocadas pela penúria aumentaram a desordem e contribuíram para que o tempo da colheita - que sempre fora motivo de preocupação - se tornasse tempo de perigo, naquele momento histórico.
b) No antigo regime o desemprego e a carestia dos víveres agravaram a mendicância no campo, a partir de 1788, o que contribuiu para as chamadas revoltas da fome , que deram corpo à revolução burguesa em curso.
c) A expressão Grande Medo de 1789 refere-se a um conjunto de revoltas camponesas que marcaram a entrada dos camponeses na cena revolucionária.
d) Revolução Francesa foi a revolução das luzes (burguesa e aristocrática), que ocorreu totalmente separada da revolução popular: esta, um simples episódio no período.
e) O conflito entre o Terceiro Estado e a aristocracia, sustentado pelo poder real, contribuiu fortemente para dar às chamadas revoltas da fome um caráter social.

02. (PUC-PR) - A Revolução Francesa foi um dos momentos mais importantes no processo de formação do mundo contemporâneo. Foi um movimento violento que sepultou o absolutismo na cena política e o mercantilismo na economia, tendo um papel de grande destaque a burguesia, interessada em instituir um regime que atendesse aos seus interesses. Durante a revolução tomou forma um corpo legislativo denominado Assembleia Nacional, que tomou parte central na consolidação das reformas objetivadas pela revolução. Dentre as principais reformas realizadas na fase moderada da Revolução Francesa (1789-1791), pela Assembleia Nacional, podemos citar CORRETAMENTE:

a) Abolição dos privilégios especiais do clero e da nobreza; Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão; subordinação da Igreja ao Estado; elaboração de uma constituição para a França; reformas administrativas e judiciárias; e ajuda à economia francesa. 
b) Declaração Universal dos Direitos Humanos; elaboração do Edito de Nantes, que dava liberdade religiosa para os não católicos; criação do Banco da França; legalização da anexação dos territórios da margem esquerda do Reno; elaboração do Código Civil Francês. 
c) Criação do Código Civil Francês; criação do Banco da França; elaboração da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão; elaboração das primeiras leis trabalhistas que proibiam o trabalho infantil; concessão do direito ao voto às mulheres. 
d) Direito de voto para todos os homens, independente da renda; favorecimento de legislação que incentivava o capitalismo comercial; reforma do sistema educacional com a criação dos liceus clássicos e de ofícios; maior autonomia para as províncias históricas da França; criação de uma estrutura descentralizada de governo na França. 
e) Regulamentação das leis trabalhistas na França; extensão do direito de voto para todos os homens e mulheres maiores de 18 anos; reconhecimento do direito de minorias; criação do Código Civil; a França se tornou uma confederação descentralizada, dividida em cantões com alto grau de autonomia política; elaboração da Constituição Civil do Clero. 

03. (UEL-PR) - Leia o texto a seguir. 

A conquista do tempo através da medida é claramente percebida como um dos importantes aspectos do controle do Universo pelo homem. De um modo não tão geral, observa-se como, em uma sociedade, a intervenção dos detentores do poder na medida do tempo é um elemento essencial do seu poder: o calendário é um dos grandes emblemas e instrumentos do poder; por outro lado, apenas os detentores carismáticos do poder são senhores do calendário: reis, padres, revolucionários. 

(LE GOFF, J. História e Memória. Trad. de Bernardo Leitão et al. 7.ed. Campinas: Unicamp, 2013. p.442.) 

No processo histórico das sociedades humanas, os senhores do poder procuram ampliar o seu domínio socioeconômico vinculando-o ao tempo cronológico. Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, um exemplo de apropriação do tempo associado a um poder que originou um novo calendário. 

a) O Édito de Constantino impôs o calendário justiniano a todo o Ocidente cristão modificando as datas de celebrações religiosas. 
b) A Reforma Calvinista produziu uma nova contagem de tempo para a sociedade referente ao mundo sagrado, consagrando a epopeia da libertação. 
c) A Revolução Chinesa criou um novo calendário apropriando-se do controle da temporalidade no campo pelas novas técnicas agrícolas desenvolvidas por Mao Tse Tung. 
d) A Revolução Francesa rompeu com o calendário em vigor, a partir da deposição do rei pela Convenção criada para formular uma nova constituição. 
e) A Revolução Inglesa modificou o calendário no qual se regulava a balança comercial britânica com as suas colônias, aprimorando a concentração do lucro. 

04. (UEMA) De acordo com a historiadora Maria Lúcia de Arruda Aranha, a Revolução Francesa derrubou o antigo regime, ou seja, o absolutismo real fundamentado no direito divino dos reis, derivado da concepção teocrática do poder. O término do antigo regime se consuma quando a teoria política consagra a propriedade privada como direito natural dos indivíduos.

Fonte: ARANHA, M. L. de A.; MARTINS, M. H. P. Filosofando: Introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 2003.

Esse princípio político que substitui a antiga teoria do direito divino do rei intitula-se
a) Contratualismo.
b) Totalitarismo.
c) Absolutismo.
d) Liberalismo.
e) Marxismo.

05. (FAMEMA) Nosso atual modelo de Estado é fruto da Revolução Francesa, que, fascinada pela democracia grega, considerava que os atenienses criaram o princípio do Estado legal – um governo fundado em leis discutidas, planejadas, emendadas e obedecidas por cidadãos livres – e a ideia de que o Estado representa uma comunidade de cidadãos livres. Ao afirmarem que o governo era algo que as pessoas criavam para satisfazer as necessidades humanas, os atenienses consideravam seus governantes homens que haviam demonstrado capacidade para dirigir o Estado, e não deuses ou sacerdotes.
(Flavio de Campos e Renan G. Miranda. A escrita da História, 2005.) 

De acordo com o excerto e seus conhecimentos, é correto afirmar que
A) a concepção moderna de democracia deriva da Revolução Francesa e da Atenas antiga, embora nesta a cidadania estivesse limitada à minoria da população. 
B) a democracia ateniense, por fundamentar-se na comunidade de homens livres, não era compatível com a existência de trabalho escravo. 
C) a Revolução Francesa ampliou o conceito de democracia grega, ao tornar cidadãos todos os habitantes da comunidade, inclusive as mulheres e os estrangeiros. 
D) os gregos desenvolveram a noção de lei como uma emanação dos deuses, à qual os homens deveriam obedecer após discussão em assembleia. 
E) os atenienses vinculavam a política à religião e, por isso, seu Estado nacional dependia da razão divina e limitava a expressão política dos cidadãos.

06.  (MACK) Na verdade, independente do fato de Stálin ver-se como um novo Robespierre, os comunistas estrangeiros do período antifascista encontraram algum conforto, quando avaliavam os julgamentos e expurgos (...), na idéia de que estes eram tão justificados pela necessidade quanto havia sido o Terror (…) Talvez, em outros países, onde a palavra Terror não sugerisse tão prontamente episódios de glória nacional e triunfo revolucionário, essa comparação tenha sido evitada. Contudo, é difícil não concordar com Isaac Deutscher, que Stálin pertencia à família dos grandes déspotas revolucionários, como Cromwell, Robespierre e Napoleão. Eric Hobsbawm Assinale a alternativa que cita as respectivas revoluções, das quais participaram Stálin e Robespierre.

a) Revolução Americana e Revolução Liberal do Porto
b) Revolução Comunista e Revolução Inglesa
c) Revolução Cubana e Revolução Chinesa
d) Revolução Russa e Revolução Francesa
e) Revolução Alemã e Revolução Italiana

07. (FGV) “Chegou a hora da igualdade passar a foice por todas as cabeças. Portanto, legisladores, vamos colocar o terror na ordem do dia.” (Discurso de Robespierre na Convenção) A fala de Robespierre ocorreu num dos períodos mais intensos da Revolução Francesa. Esse período caracterizou-se:

a) pela fundação da monarquia constitucional, marcada pelo funcionamento da Assembléia Nacional. b) pela organização do Diretório, marcado pela adoção do voto censitário.
c) pela reação termidoriana, marcada pelo fortalecimento dos setores conservadores.
d) pela convocação dos Estados Gerais, que pôs fim ao absolutismo francês.
e) pela criação do Comitê de Salvação Pública e a radicalização da revolução.

08. (FUVEST) Do ponto de vista social, pode-se afirmar, sobre a Revolução Francesa:

a) teve resultados efêmeros, pois foi iniciada, dirigida e apropriada por uma só classe social, a burguesia, única beneficiária da nova ordem.
b) fracassou, pois, apesar do terror e da violência, não conseguiu impedir o retorno das forças sócio-políticas do Antigo Regime.
c) nela coexistiram três revoluções sociais distintas: uma revolução burguesa, uma camponesa e uma popular urbana, a dos chamados sans-culottes.
d) foi um fracasso, apesar do sucesso político, pois, ao garantir as pequenas propriedades aos camponeses, atrasou, em mais de um século, o processo econômico da França.
e) abortou, pois a nobreza, sendo uma classe coesa, tanto do ponto de vista da riqueza, quanto do ponto de vista político, impediu que a burguesia a concluísse.

09.  (UFSCar) A queda na produção de cereais, às vésperas da Revolução Francesa de 1789, desencadeou uma crise econômica e social, que se manifestou

a) na alta dos preços dos gêneros alimentícios, na redução do mercado consumidor de manufaturados e no aumento do desemprego.
b) no aumento da exploração francesa sobre o seu império colonial, na reação da elite colonial e no início do movimento de independência.
c) no abrandamento da exploração senhorial sobre os servos, na divisão das terras dos nobres emigrados e na suspensão dos direitos constitucionais.
d) na decretação, pelo rei absolutista, da lei do preço máximo dos cereais, na expansão territorial francesa e nas guerras entre países europeus.
e) na intensificação do comércio exterior francês e no aumento da exportação de tecidos para a Inglaterra, que foi compensada pela compra de vinhos ingleses.

10.  (VUNESP) "Como terror entende-se (...) um tipo de regime particular, ou melhor, o instrumento de emergência a que um Governo recorre para manter-se no poder." (N. Bobbio, DICIONÁRIO DE POLÍTICA.) O mencionado "instrumento de emergência" - o"terror" - foi aplicado em sua forma típica, na Revolução Francesa:

a) durante a reação aristocrática de 1787-1788.
b) por Napoleão Bonaparte, na fase do Diretório.
c) no período da ditadura do Comitê de Salvação Pública.
d) pelos girondinos contra os bonapartistas.
e) por Luís XVI contra os camponeses da Vendéia.


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RESPOSTAS: 01 - D | 02 - A | 03 - D | 04 - D | 05 - A| 06 - D| 07 - E| 08 - C| 09 - A| 10 - C

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