01. (PUC-SP) Personagem atuante no Brasil colônia, foi "fruto social de uma região marginalizada, de escassos recursos materiais e de vida econômica restrita (...)", teve suas ações orientadas "ou no sentido de tirar o máximo proveito das brechas que a economia colonial eventualmente oferecia para a efetivação de lucros rápidos e passageiros em conjunturas favoráveis - como no caso da caça ao índio - ou no sentido de buscar alternativas econômicas fora do quadro da agricultura voltada para o mercado externo (...)".
Carlos Henrique Davidoff, 1982.
O personagem e a região a que o texto se refere são, respectivamente:
a) o jesuíta e a província Cisplatina.
b) o tropeiro e o vale do Paraíba.
c) o caipira e o interior paulista.
d) o bandeirante e a província de São Paulo.
e) o caiçara e o litoral baiano.
02. (UNESP) O açúcar e o ouro, cada qual em sua época de predomínio, garantiram para Portugal a posse e a ocupação de vasto território, alimentaram sonhos e cobiças, estimularam o povoamento e o fluxo expressivo de negros escravos, subsidiaram e induziram atividades intermediárias; foram fatores decisivos para o relativo progresso material e certa opulência barroca, além de contribuírem para o razoável florescimento das artes e das letras no período colonial. Apesar desta ação comum ou semelhante, a economia aurífera colonial avançou em direção própria e se diferenciou das demais atividades, principalmente porque:
a) não teve efeito multiplicador no desenvolvimento de atividades econômicas secundárias junto às minas e nas pradarias do Rio Grande.
b) interiorizou a formação de um mercado consumidor e propiciou surto urbano considerável.
c) o ouro brasileiro, sendo dependente do mercado externo, não resistiu à influência exercida pela prata das minas de Potosi.
d) representou forte obstáculo às relações favoráveis à Metrópole e não educou o colonizado para a luta contra a opressão do colonizador.
e) as bandeiras não foram além dos limites territoriais estabelecidos em Tordesilhas, apesar dos conflitos com os jesuítas e da ação cruel contra os indígenas do sertão sul-americano.
03. (FUVEST) A produção de açúcar, no Brasil colonial:
a) possibilitou o povoamento e a ocupação de todo o território nacional, enriquecendo grande parte da população.
b) praticada por grandes, médios e pequenos lavradores, permitiu a formação de uma sólida classe média rural.
c) consolidou no Nordeste uma economia baseada no latifundiário monocultor e escravocrata que atendia aos interesses do sistema português.
d) desde o início garantiu o enriquecimento da região Sul do país e foi a base econômica de sua hegemonia na República.
e) não exigindo muitos braços, desencorajou a importação de escravos, liberando capitais para atividades mais lucrativas.
04. (FUVEST) No século XVIII a produção do ouro provocou muitas transformações na colônia.
Entre elas podemos destacar:
a) a urbanização da Amazônia, o início da produção do tabaco, a introdução do trabalho livre com os imigrantes.
b) a introdução do tráfico africano, a integração do índio, a desarticulação das relações com a Inglaterra.
c) a industrialização de São Paulo, a produção de café no Vale do Paraíba, a expansão da criação de ovinos em Minas Gerais.
d) a preservação da população indígena, a decadência da produção algodoeira, a introdução de operários europeus.
e) o aumento da produção de alimentos, a integração de novas áreas por meio da pecuária e do comércio, a mudança do eixo econômico para o Sul.
05. (UFES) A expansão do ouro aparentemente simples atraiu milhares de pessoas para a América Portuguesa cuja população estimada passou de 300 000 habitantes em 1690 para 2 500 000 em 1780. Metade desse aumento demográfico ocorreu na região mineradora. Considerando essas afirmações pode-se afirmar que:
a) O denominado “ciclo do ouro” possibilitou uma espécie de atração centrípeta para o mercado interno desenvolvido pela mineração e assim contribuiu como fator de integração regional na América Portuguesa.
b) A população atraída para a mineração também desenvolveu intensa atividade agrária de subsistência, propiciando reconhecida auto-suficiência que inibiu qualquer tipo de polarização.
c) O Regimento dos Superintendentes / Guardas-Mores e Oficiais Deputados para as Minas que em 1702 instituiu a Intendência das Minas mantinha rigorosa disciplina militar e constante vigilância na Estrada Real, impedindo o ingresso de emboabas e mascates nas regiões de ouro e diamantes.
d) O denominado “ciclo do ouro” ocasionou uma espécie de atração centrífuga, pois as riquezas auríferas de Goiás e da Bahia contribuíram para financiar simultaneamente o denominado renascimento agrícola no Nordeste do Brasil no final do século XVII.
e) A integração regional da América Portuguesa consolidou-se durante a União Ibérica (1580-1640) quando foi removida a linha de Tordesilhas, possibilitando a convergência das regiões de pecuária para o grande entreposto comercial que consagrou a região de Minas Gerais.
06. (FGV) No período colonial, a renda das exportações do açúcar:
a) Raramente ocupou lugar de destaque na pauta das exportações, pelo menos até a chegada da família real ao Brasil.
b) Mesmo no auge da exportação do ouro, sempre ocupou o primeiro lugar, continuando a ser o produto mais importante.
c) Ocupou posição de importância mediana, ao lado do fumo, na pauta das exportações brasileiras, de acordo com os registros comerciais.
d) Ocupou posição relevante apenas durante dois decênios, ao lado de outros produtos, tais como a borracha, o mate e alguns derivados da pecuária.
e) Nunca ocupou o primeiro lugar, sendo que mesmo no auge da mineração, o açúcar foi um produto de importância apenas relativa.
07. (UEL) No Brasil Colônia, a pecuária teve um papel decisivo na
a) ocupação das áreas litorâneas.
b) expulsão do assalariado do campo.
c) formação e exploração dos minifúndios.
d) fixação do escravo na agricultura.
e) expansão para o interior.
08. (UFPR) Sobre a mineração no Brasil colonial, assinale a alternativa incorreta:
a) Coube principalmente aos habitantes do planalto paulista e moradores da Vila de São Paulo a descoberta dos veios auríferos existentes na região das Minas Gerais em fins do século XVII.
b) A Coroa portuguesa tentou proibir a comunicação e o transporte tanto de gado como de escravos pelos caminhos do sertão para a região das Minas. Procurava, assim, impedir o comércio entre as capitanias do Nordeste – sobretudo Bahia e Pernambuco – e a região mineradora.
c) O instrumento fundamental da política de administração da região das Minas foi a criação de vilas: Vila do Ribeirão do Carmo, Vila Rica do Ouro Preto, Vila de Nossa Senhora da Conceição do Sabará, Vila de São João Del Rei e Vila Nova da Rainha de Caeté, entre outras.
d) A mineração propiciou a artesãos e artistas um amplo mercado de trabalho. Ourives, douradores, entalhadores e escultores eram procurados para embelezar os exteriores e interiores de igrejas mineiras. Ao mesmo tempo, compositores, cantores e instrumentistas eram requisitados para os trabalhos religiosos das irmandades.
e) Uma vez que a autoridade da Coroa logo se impôs no território das Minas, não houve conflitos ou confrontos armados na região, na qual imperou até o fim do ciclo da mineração a paz entre os exploradores dos veios auríferos.
09. (UNESP-SP) Se bem que a base da economia mineira também seja o trabalho escravo, por sua organização geral ela se diferencia amplamente da economia açucareira. (Celso Furtado, Formação econômica do Brasil) A referida diferenciação se expressa:
a) na relação com a terra que, por ser abundante no Nordeste, não se constituía fator de diferenciação social;
b) na imposição de controle rígido das exportações de açúcar, medida não tomada em relação ao ouro;
c) na pequena lucratividade da economia açucareira e na rapidez com que os senhores de engenho se desinteressaram pela mesma;
d) no isolamento da região mineradora, que não mantinha relações comerciais com o resto da Colônia, tal como ocorria no Nordeste;
e) na existência de possibilidades de ascensão social na região das minas, uma vez que o investimento inicial não era, necessariamente, elevado.
10. (UFMG) Todas as alternativas apresentam afirmações corretas sobre a atividade pecuária no processo de colonização no Brasil, EXCETO:
a) Constituiu-se numa atividade subsidiária da grande lavoura.
b) Criou núcleos urbanos destinados ao comércio do couro.
c) Destinou grande parte da produção de charque para o mercado externo.
d) Foi um dos elementos importantes na interiorização da colonização.
e) Produziu a figura do vaqueiro, um trabalhador livre geralmente pago em espécie.
11. (UNESP) O tráfico de negros escravos para o Brasil Colônia representou:
a) certa lucratividade para a Metrópole portuguesa, favorecendo a acumulação de capitais.
b) prejuízos à Metrópole lusitana pela não adaptação do negro ao trabalho agrícola.
c) a possibilidade da exportação de índios para a Europa na condição de escravos domésticos.
d) incentivo ao crescimento do mercado interno e à criação de um parque manufatureiro.
e) maior estímulo à agricultura de subsistência em prejuízo dos produtos agrícolas exportáveis.
12. (FUVEST) Podemos afirmar sobre o período da mineração no Brasil que:
a) atraídos pelo ouro, vieram para o Brasil aventureiros de toda espécie, que inviabilizaram a mineração.
b) a exploração das minas de ouro só trouxe benefícios para Portugal.
c) a mineração deu origem a uma classe média urbana que teve papel decisivo na independência do Brasil.
d) o ouro beneficiou apenas a Inglaterra, que financiou sua exploração.
e) a mineração contribuiu para interligar as várias regiões do Brasil, e foi fator de diferenciação da sociedade.
13. (MACKENZIE) Constituíram importantes fatores para o sucesso da lavoura canavieira no início da colonização do Brasil:
a) o domínio espanhol, que possibilitou o crescimento do mercado consumidor interno.
b) o predomínio da mão-de-obra livre com técnicas avançadas.
c) o financiamento, transporte e refinação nas mãos da Holanda e a produção a cargo de Portugal.
d) a expulsão dos holandeses que trouxe a imediata recuperação dos mercados e ascensão econômica dos senhores de engenho.
e) a estrutura fundiária, baseada na pequena propriedade voltada para o consumo interno.
14. (FUVEST) Entre as várias formas de resistência do negro ao regime escravista no Brasil Colonial encontramos os quilombos. Palmares, o maior exemplo de grande quilombo, possuía uma organização econômica que apresentava as seguintes características:
a) agricultura policultora como principal atividade, organizada com base num sistema de sesmarias semelhante ao dos engenhos, que visava o consumo local e a comercialização do excedente.
b) agricultura monocultora, que visava a comercialização, a caça, pesca, coleta e criação de gado para o consumo interno.
c) agricultura policultora realizada em pequenos roçados das famílias, e um sistema de trabalho cooperativo que produzia excedentes comercializados na região, além da extração vegetal e da criação para a subsistência.
d) atividades extrativas, pecuária bovina e caprina para atender o consumo local, e fabricação de farinha, aguardente e azeite para a comercialização.
e) criação de animais, caça, pesca e coleta para a subsistência, e agricultura monocultora que concorria com a produção dos engenhos.
15. (FUVEST) No processo histórico de Portugal o Tratado de Methuen consolidou a:
a) subordinação econômica de Portugal à Inglaterra.
b) prosperidade da indústria nacional portuguesa.
c) liberdade de comércio entre as colônias portuguesas e inglesas.
d) posse das terras situadas além do meridiano de Tordesilhas.
e) supremacia da França como principal parceira comercial de Portugal.
16. (CESGRANRIO) Apesar do predomínio da agromanufatura açucareira na economia colonial brasileira, a pecuária e a extração das "drogas do sertão" foram fundamentais. A esse respeito, podemos afirmar que:
a) ocorreu uma grande absorção da mão-de-obra escrava negra, particularmente na pecuária.
b) a presença do indígena na extração das "drogas do sertão" foi essencial pelo conhecimento da geografia da região nordeste.
c) por serem atividades complementares, a força de trabalho não se dedicava integralmente a elas.
d) ambas foram responsáveis pelo processo de interiorização do Brasil colonial.
e) possibilitaram o surgimento de um mercado interno que se contrapunha às flutuações do comércio internacional.
17. (MACKENZIE) Duas atividades econômicas destacaram-se durante o período colonial brasileiro: a açucareira e a mineração. Com relação a essas atividades econômicas, é correto afirmar que:
a) na atividade açucareira, prevalecia o latifúndio e a ruralização, a mineração favorecia a urbanização e a expansão do mercado interno.
b) o trabalho escravo era predominante na atividade açucareira e o assalariado na mineradora.
c) o ouro do Brasil foi para a Holanda e os lucros do açúcar serviram para a acumulação de capitais ingleses.
d) geraram movimentos nativistas como a Guerra dos Emboabas e a Revolução Farroupilha.
e) favoreceram o abastecimento de gêneros de primeira necessidade para os colonos e o desenvolvimento de uma economia independente da Metrópole.
18. (MACKENZIE) A função histórica das colônias era completar a economia das metrópoles; no caso brasileiro, a atividade econômica que iniciou este papel histórico foi:
a) a criação de gado, facilitando a penetração e povoamento do sertão.
b) a cana-de-açúcar, produto em expansão no mercado europeu, que permitiu a ocupação efetiva da colônia.
c) a exploração do ouro, fato que consolidou o modelo metalista de mercantilismo português.
d) a exploração de drogas do sertão, utilizando trabalho indígena através de missões jesuíticas.
e) a produção de gêneros de primeira necessidade voltados para o mercado interno.
19. (EsFCEx) A cultura da cana-de-açúcar no Brasil Colonial se caracterizou por:
a) não ter contribuído para formação de uma estrutura agrária caracteristicamente latifundiária no Brasil.
b) desenvolver características jamais usadas, todas desenvolvidas em nosso País.
c) falta total de adaptação dos portugueses ao Brasil, que não souberam se adaptar a novos costumes. d) demonstrar que historicamente o índio não contribuiu com técnicas agrícolas para com os portugueses.
e) aplicar em larga escala um processo já instituído, inclusive com utilização dos negros da Guiné.
20. (EsFCEx) Sobre o impacto da mineração no conjunto da economia colonial, pode-se dizer que:
a) a faixa de ocupação litorânea do território brasileiro recebeu grande fluxo de artesãos especialistas na arte de fundir metais preciosos, o que promoveu expressiva dinamização na economia da região.
b) a economia do ouro conseguiu atrair para si a pecuária sulina, através de São Paulo, e a nordestina, através do rio São Francisco, integrando povoamentos e mercados.
c) alterou as bases políticas da Metrópole com a participação de ricos mineradores no Conselho Ultramarino, para evitar o contrabando aurífero.
d) reduziu a importação de escravos para o Brasil, pois a mão-de-obra liberada pela região açucareira foi suficiente para atender as necessidades da região mineradora.
e) provocou a decadência da agricultura e a conseqüente queda do poder político dos senhores de engenho no âmbito regional.
GABARITO
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