Apesar de apoiados por africanos não muçulmanos, que
também entraram na luta, os malês foram os responsáveis por
planejar e mobilizar os rebeldes. Suas reuniões – feitas nas casas
de libertos, nas senzalas urbanas, nos cantos de trabalho –
misturavam conspiração, rezas e aulas em que se exercitavam a
recitação, a memorização e a escrita de passagens do Corão, o
livro sagrado do islamismo. O próprio levante foi marcado para
acontecer no final do mês sagrado do Ramadã, o mês do jejum
dos muçulmanos. Os malês foram para as ruas guerrear usando
um abadá branco, espécie de camisolão tipicamente muçulmano,
além de também carregar em volta do pescoço e nos bolsos
amuletos protetores, que eram cópias em papel de rezas e
passagens do Corão dobradas e enfiadas em bolsinhas de couro
ou pano.
REIS, João J. A Revolta dos Malês em 1853. Universidade Federal da Bahia. 2008, p. 4.
Disponível em: . Acesso em: 09 nov. 2015.
a) origem africana.
b) visão ideológica.
c) crença religiosa.
d) prática esotérica.
e) identidade étnica.
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