O estudo de um grande território, como o do
Brasil, segundo os métodos da Geografia moderna,
exige, como condição de êxito, a sua divisão em
unidades menores, as chamadas “regiões
naturais”. Desde que o país não apresente
homogeneidade de aspectos, é forçoso estudá-lo
por partes, nos seus pormenores, para se efetuar
posteriormente a síntese final. A fim de se realizar
trabalho fecundo em resultados, é mister, porém,
que tais partes não sejam escolhidas
arbitrariamente, mas sim que obedeçam à
disposição determinada pela natureza, de modo
que cada uma delas apresente uma certa unidade
de conjunto, resultante da correlação entre os
diversos fatos geográficos que nela se observem.
GUIMARÃES, Fábio M. S. Divisão Regional do Brasil. Revista Brasileira de Geografia.
n. 2, Ano III, abril/junho 1941.
A divisão regional da década de 1940 representou o
primeiro esforço organizado de sistematização de uma
divisão regional do Brasil. Sobre a divisão regional do Brasil,
com base no texto de Fábio M. S. Guimarães, assinale a
alternativa correta.
a) Uma região natural deve ser caracterizada por um
único fenômeno isolado, que confere a sua
unidade.
b) As regiões devem ser pouco numerosas e tanto
maiores quanto mais extenso for o país que se
considera. As grandes regiões podem ser divididas
em regiões menores e estas em sub-regiões, para
um estudo cada vez mais pormenorizado.
c) As grandes regiões de um país extenso devem ser
numerosas, com o estabelecimento de limites
lineares, evitando-se a representação de zonas de
transição por tintas esbatidas.
d) Uma região natural deve ser caracterizada por
fenômenos do domínio da Geografia Humana,
com ênfase na economia.
e) As regiões naturais não constituem a melhor base
para uma divisão regional prática, pela sua
instabilidade, não fornecem base conveniente
para fins estatísticos e, especialmente, para uma
divisão permanente que permita a comparação
dos dados em diferentes épocas.
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