01. (PUCCAMP)
Recife
Não a Veneza americana
Não a Mauritsstad dos amadores das Índias Ocidentais
Não a Recife dos Mascates
Nem mesmo a Recife que aprendi a amar depois -
Recife das revoluções libertárias
Mas o Recife sem história nem literatura
Recife sem mais nada
Recife da minha infância
(Manuel Bandeira, "Evocação do Recife, Libertinagem")
Contextualizando historicamente a Guerra dos Mascates a que a poesia se refere, é correto
afirmar que ela:
a) teve conotação nativista, mas não antilusitana, uma vez que foi um movimento
resultante da luta entre os grandes proprietários de terras de Olinda e o governo, pelo
comércio interno do açúcar no Recife.
b) resultou da insatisfação das camadas mais pobres da população da vila de Olinda contra
o controle da produção e comercialização dos produtos de exportação impostos pelos
comerciantes de Recife.
c) refletiu a lógica do sistema colonial: de um lado, os colonos latifundiários de Olinda
endividados e empobrecidos; de outro, os comerciantes metropolitanos de Recife, credores
e enriquecidos.
d) significou o marco inicial da formação do nativismo na colônia: de um lado, criou um
forte sentimento antilusitano que se enraizou em Olinda; de outro intensificou a luta contra
os comerciantes lusos de Recife.
e) foi um dos mais importantes movimentos de resistência colonial: de um lado, a recusa
dos proprietários rurais de Olinda em obedecer a metrópole; de outro, a luta dos
comerciantes de Recife pelo monopólio do açúcar.
Entre eles temos a:
a) Guerra dos Emboabas, luta entre paulistas e gaúchos
pelo controle da região das Minas Gerais. Essa guerra impediu a entrada dos forasteiros nas terras paulistas e manteve o controle da capitania de São Paulo
sobre a mineração.
b) Revolta Liberal, tentativa de reagir ao avanço conservador da monarquia portuguesa, que usava de seus
símbolos monárquicos e das baionetas do Exército
da Guarda Nacional, como forma de cooptar e intimidar os colonos portugueses.
c) Revolta de Filipe dos Santos, levante ocorrido em Vila
Rica e liderado pelo tropeiro Filipe dos Santos. O
motivo foi a cobrança do quinto, a quinta parte do
ouro fundido pelas Casas de Fundição controladas
pelo poder imperial.
d) Farroupilha, revolta que defendia a proclamação da
República Rio-Grandense (República dos Farrapos)
como forma de obter liberdades políticas, fim dos tributos coloniais e proibição da importação do charque
argentino.
e) Cabanagem, movimento de elite dirigido por padres,
militares e proprietários rurais, que propunham a
proclamação da república como forma de combater o
controle econômico exercido pelos comerciantes
portugueses.
03. (FGV-SP) Dom Pedro Miguel de Almeida Portugal – conde de
Assumar – se casou em 1715 com D. Maria José de
Lencastre. Daí a dois anos partiria para o Brasil como
governador da capitania de São Paulo e Minas Gerais.
Nas Minas, não teria sossego, dividido entre o cuidado
ante virtuais levantes escravos e efetivos levantes de
poderosos; o mais sério destes o celebrizaria como algoz:
foi o conde de Assumar que, em 1720, mandou executar
Felipe dos Santos sem julgamento, sendo a seguir
chamado a Lisboa e amargurado um longo ostracismo.
(Laura de Mello e Souza,
Norma e conflito: aspectos da história de Minas no século XVIII)
A morte de Felipe dos Santos esteve vinculada a
a) uma sublevação em Vila Rica, que envolveu vários
grupos sociais, descontentes com a decisão de levar
todo ouro extraído para ser quintado nas Casas de
Fundição.
b) um movimento popular que exigia a autonomia das
Minas Gerais da capitania do Rio de Janeiro e o
imediato cancelamento das atividades da Companhia
de Comércio do Brasil.
c) uma revolta denominada Guerra do Sertão, comandada
por potentados locais, que não aceitavam as
imposições colonialistas portuguesas, como a
proibição do comércio com a Bahia.
d) uma insurreição comandada pela elite colonial, inspirada no sebastianismo, que defendia a emancipação da
região das Minas do restante da América portuguesa,
com a criação de uma nova monarquia.
e) uma rebelião, que contrapôs os paulistas – descobridores das minas e primeiros exploradores – e os chamados emboabas ou forasteiros – pessoas de outras
regiões
04. (FGV-SP) Reverendo padre reitor, eu, Manoel Beckman, como
procurador eleito por aquele povo aqui presente, venho
intimar a vossa reverência, e mais religiosos assistentes
no Maranhão, como justamente alterados pelas vexações
que padece por terem vossas paternidades o governo
temporal dos índios das aldeias, se tem resolvido a lançá-los fora assim do espiritual como do temporal, então e
não tem falta ao mau exemplo de sua vida, que por esta
parte não tem do que se queixar de vossas paternidades;
portanto, notifico a alterado povo, que se deixem estar
recolhidos ao Colégio, e não saiam para fora dele para
evitar alterações e mortes, que por aquela via se poderiam ocasionar; e entretanto ponham vossas paternidades cobro em seus bens e fazendas, para deixá-las
em mãos de seus procuradores que lhes forem dados, e
estejam aparelhados para o todo tempo e hora se
embarcarem para Pernambuco, em embarcações que
para este efeito lhes forem concedidas.
João Felipe Bettendorff, Crônica dos Padres da Companhia de
Jesus no Estado do Maranhão. 2.ª Edição, Belém: SECULT, 1990,
p.360.
O movimento liderado por Manuel Beckman no
Maranhão, em 1684, foi motivado pela
a) proibição do ensino laico no Brasil colonial e pelas
pressões que os jesuítas realizavam para impedir a sua
liberação.
b) questão da mão de obra indígena e pela insatisfação de
colonos com as atividades da Companhia de Comércio
do Maranhão.
c) ameaça dos jesuítas de abandonarem a região e pela
catequese dos povos indígenas sob a sua guarda.
d) crítica dos colonos maranhenses ao apoio dos jesuítas
aos interesses espanhóis e holandeses na região.
e) tentativa dos jesuítas em aumentar o preço dos escravos indígenas, contrariando os interesses dos colonos maranhenses.
05. (UFPA) A chamada Revolta de Beckman, no Maranhão (1684), ilustra uma realidade produzida pelas peculiaridades do sistema colonial no Brasil. Sustenta-se, nesse sentido, que:
a) o movimento revelou os sérios problemas de mão-de-obra enfrentados pelo Maranhão, à época, limitando as próprias possibilidades econômicas da capitania.
b) tratou-se de um movimento nascido no interior da crise da política pombalina para o Brasil, traduzi-da, no caso, pelo fechamento da Companhia de Comércio do Grão-Pará e Maranhão.
c) a revolta revelou o descontentamento das elites locais diante da proibição, estabelecida pelo governo de D. João IV, para o funcionamento das manufaturas no Maranhão.
d) movimento buscou, contrariando os interesses de Portugal, o concurso de capitais holandeses para a agricultura maranhense, recursos esses não proporcionados por Lisboa.
e) o contexto da revolta foi o da marginalização econômica do Maranhão, produzida pela decadência da sua mineração, o que afastou Portugal da capitania.
06. (Unama-PA) A Guerra dos Mascates (Pernambuco, 1710-12) exprime:
a) um movimento coordenado em busca da independência.
b) um sentimento de animosidade contra os holandeses invasores.
c) a insatisfação com a política do marquês de Pombal.
d) o interesse da burguesia agrária em alcançar os cargos dos Conselhos Municipais.
e) o declínio das lavouras canavieiras.
07. (Unibero-SP) A Guerra dos Emboabas (1707-1709) e a Inconfidência Mineira (1789) foram revoltas ocorridas no Brasil. Sobre elas, assinale a alternativa correta:
a) Ambas tinham o objetivo de separar o Brasil de Portugal e ocorreram na região da mineração.
b) A primeira e considerada uma revolução separatista e mais radical do que a segunda, tendo ocorrido na região de São Paulo e liderada pelos Bandeirantes.
c) Tanto a primeira como a segunda foram influenciadas pelas ideias iluministas e pela independência das Treze Colônias inglesas, mas só a segunda teve êxito nos seus objetivos.
d) A primeira foi bem-sucedida, garantindo aos paulistas a posse da região da mineração, enquanto a segunda foi reprimida pela Coroa portuguesa antes de acontecer.
e) Ambas ocorreram na mesma região do Brasil, contra a dominação portuguesa na área da mineração, no entanto, somente a segunda teve influência das ideias iluministas europeias.
08. (Cesgranrio) A colonização brasileira foi sempre marcada por confrontos que refletiam a
diversidade de interesses presentes na sociedade colonial como pode ser observado
nos(as):
a) conflitos internos, sem conteúdo emancipacionista, como as Guerras dos Emboabas e
dos Mascates.
b) ideais monárquicos e democráticos defendidos pelos mineradores e agricultores na
Conjuração Mineira.
c) projetos imperiais adotados pela Revolução Pernambucana de 1817 por influência da
burocracia lusitana.
d) reações contrárias aos monopólios, como na Conjuração Baiana, organizada pelos
comerciantes locais.
e) características nacionalistas de todos os movimentos ocorridos no período colonial, como
nas Revoltas do Rio de Janeiro e de Beckman.
09. (Ufsm) Escravos, colonos, mineiros, padres, poetas, militares e até senhores de
engenho se revoltaram contra a dominação portuguesa no Brasil dos tempos coloniais.
Nesse sentido, pode-se considerar que a:
I. Revolta de Filipe dos Santos, em 1720, refletia posições antagônicas, ou seja, a tentativa
de Salvador continuar dominando o Rio de Janeiro e de o Rio de Janeiro tornar-se
independente de Salvador.
II. Inconfidência Mineira de 1789 defendia o fim da dominação portuguesa, a proclamação
da República, a criação da Universidade e a fundação de fábricas.
III. Conjuração Baiana de 1789 pregava a luta pela independência do Brasil e a defesa dos
ideais de liberdade, igualdade e fraternidade.
IV. Guerra dos Mascates de 1710 objetivava o fim da dominação portuguesa, a
independência do Brasil, o fim das desigualdades sociais e a instalação de um governo
republicano.
V. Revolução Pernambucana de 1817 visava à manutenção do poder de escravizar os índios
e à exploração igualitária das minas entre paulistas e mineiros.
Estão corretas:
a) apenas I e III.
b) apenas II e III.
c) apenas I e V.
d) apenas II e IV.
e) apenas II e V.
10. (Fatec) Considere as afirmações seguintes, sobre a Conjuração Baiana.
I. A chamada Conjuração Baiana (1798 - 1799) tinha como projeto o fim do Pacto Colonial,
a diminuição de impostos, a abolição da escravatura e o aumento dos soldos militares.
II. Os revolucionários baianos pregavam ideias coincidentes com as doutrinas sociais
francesas - igualdade, liberdade e representação popular soberana.
III. Os articuladores tinham a pretensão de construir uma república libertária e igualitária,
apesar de manterem, no início, a escravidão para conseguirem o apoio dos grandes
proprietários.
IV. A Conjuração Baiana foi mais que uma manifestação pelo fim da dominação colonial. Ela
mostrou possuir um caráter democrático, igualitário e popular, que se chocava com o
simples projeto de independência proposto pelos grandes senhores rurais, desejosos de
manter a estrutura escravista tradicional.
Estão corretas somente as afirmações:
a) I e II.
b) II e IV.
c) I, II e III.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.
11. (FGV-SP) Antunes voltou ao capão e transmitiu a seus companheiros as promessas de
Bento. Os paulistas saíram dos matos aos poucos, depondo as armas. Muitos não passavam
de meninos; outros eram bastante velhos. Sujos, magros, cambaleavam, apoiavam-se em
seus companheiros. Estendiam a mão, ajoelhados, suplicando por água e comida. Bento fez
com que os paulistas se reunissem numa clareira para receber água e comida. Os
emboabas saíram da circunvalação, formando-se em torno dos prisioneiros. Bento deu
ordem de fogo. Os paulistas que não morreram pelos tiros foram sacrificados a golpes de
espada.
(Ana Miranda, "O retrato do rei")
O texto trata do chamado Capão da Traição, episódio que faz parte da Guerra dos
Emboabas, que se constituiu
a) em um conflito opondo paulistas e forasteiros pelo controle das áreas de mineração e
tensões relacionadas com o comércio e a especulação de artigos de consumo como a carne
de gado, controlada pelos forasteiros.
b) em uma rebelião envolvendo senhores de minas de regiões distantes dos maiores
centros - como Vila Rica - que não aceitavam a legislação portuguesa referente à
distribuição das datas e a cobrança do dízimo.
c) no primeiro movimento colonial organizado que tinha como principal objetivo separar a
região das Minas Gerais do domínio do Rio de Janeiro, assim como da metrópole
portuguesa, e que teve a participação de escravos.
d) no mais importante movimento nativista da segunda metade do século XVIII, que
envolveu índios cativos, escravos africanos e pequenos mineradores e faiscadores contra a
criação das Casas de Fundição.
e) na primeira rebelião ligada aos princípios do liberalismo, pois defendia reformas nas
práticas coloniais e exigia que qualquer aumento nos tributos tivesse a garantia de
representação política para os colonos.
12. (UFRS) A seguir, na coluna I, são citadas seis revoltas ocorridas durante o período
colonial brasileiro. Na coluna II, são apresentadas as motivações de quatro daquelas
revoltas.
1 - Inconfidência Mineira
2 - Revolta de Beckman
3 - Guerra dos Emboabas
4 - Guerra dos Mascates
5 - Revolta de Filipe dos Santos
6 - Inconfidência Baiana
( ) Insatisfação da comunidade mercantil
recifense com o domínio político dos
senhores de engenho olindenses.
( ) Proibição da circulação de ouro em pó
na região mineira e criação das Casas de
Fundição.
( ) Criação da Companhia Geral do
Comércio do Maranhão e oposição dos
jesuítas à utilização da mão-de-obra
indígena pelos colonos.
( ) Insatisfação dos colonos com a tentativa
de monopolização das minas auríferas pelos
paulistas.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
a) 4 - 5 - 2 - 3.
b) 1 - 2 - 3 - 6.
c) 5 - 1 - 2 - 4.
d) 3 - 2 - 6 - 5.
e) 4 - 1 - 3 - 6
13. (UFPEL) "No decorrer do período colonial no Brasil os interesses entre
metropolitanos e colonos foram se ampliando.
O descontentamento se agravou quando, a 1¡. de abril de 1680, a Coroa
estabeleceu a liberdade incondicional dos indígenas, proibindo taxativamente que fossem
escravizados. Além disso confiou-os aos jesuítas, que passaram a ter a jurisdição espiritual
e temporal das aldeias indígenas.
Visando solucionar o problema da mão-de-obra para as atividades agrícolas do
Maranhão, o governo criou a Companhia do Comércio do Estado do Maranhão (1682).
Durante vinte anos, a Companhia teria o monopólio do comércio importador e
exportador do Estado do Maranhão e do Grão-Pará. Cabia-lhe fornecer dez mil escravos
africanos negros, à razão de quinhentos por ano, durante o período da concessão
outorgada."
(AQUINO, Rubim Santos Leão de [et al.]. "Sociedade Brasileira: uma história através dos movimentos sociais". 3•
ed., Rio de Janeiro: Record, 2000.)
Pelos elementos mercantilistas, geográficos e cronológicos, o conflito inferido do texto foi a
Revolta
a) dos Emboabas.
b) dos Mascates.
c) de Amador Bueno.
d) de Filipe dos Santos.
e) de Beckman.
14. (FGV-SP) O movimento político organizado na Bahia em 1789 incluía em seu bojo e na sua
liderança mulatos e negros livres ou libertos, ligados às profissões urbanas, como artesãos
ou soldados, bem como alguns escravos.
"Os conspiradores defendiam a proclamação da República, o fim
da escravidão, o livre comércio especialmente com a França, o
aumento do salário dos militares, a punição de padres contrários à
liberdade. O movimento não chegou a se concretizar, a não ser pelo
lançamento de alguns panfletos e várias articulações. Após uma
tentativa de se obter o apoio do governador da Bahia, começaram
as prisões e delações. Quatro dos principais acusados foram
enforcados e esquartejados. Outros receberam penas de prisão ou
banimento."
O texto anterior refere-se à:
a) Conjuração dos Alfaiates.
b) Balaiada.
c) Revolução Praieira.
d) Sabinada.
e) Inconfidência Mineira.
15. (UECE) "Cada hum soldado he cidadão mormente os homens pardos e pretos que vivem
escornados, e abandonados, todos serão iguaes, não haverá diferença, só haverá liberdade,
igualdade e fraternidade."
(Manifesto dirigido ao "Poderoso e Magnífico Povo Bahiense Republicano", em 1798. Cit. por NEVES, Joana e NADAI, Elza.
HISTÓRIA DO BRASIL. DA COLÔNIA À REPÚBLICA. 13• ed. São Paulo: Saraiva, 1990. p. 119.)
Assinale a opção que melhor expressa as diferenças entre a Conjuração Baiana e a
Inconfidência Mineira:
a) os mineiros eram mais radicais do que os baianos com relação à escravidão, pois
defendiam não só liberdade dos negros mas sua participação no governo.
b) enquanto em Minas os revoltosos evitavam tocar em questões delicadas como a
escravidão, na Bahia a influência da Revolução Francesa era mais marcante.
c) a revolta na Bahia foi liderada e apoiada por setores instruídos da população, o que ditou
seu tom mais moderado, mas em Minas a população pobre foi às ruas e expulsou as
lideranças conciliadoras.
d) a influência da Independência dos EUA foi mais intensa na revolta baiana, enquanto que,
em Minas, a presença dos ideais franceses foi mais forte.
16. (UEL) A Inconfidência Mineira foi uma conspiração que ocorreu em Vila Rica, hoje Ouro
Preto, com caráter separatista. Sobre esse movimento é correto afirmar que
a) "foi um mero sintoma da generalização do pensamento socialista que vai explodir na
geração seguinte. Apesar de sua existência efêmera representou um marco de resistência
colonial contra a opressão metropolitana..."
b) "inspirada nos ideais revolucionários franceses, visava à igualdade social, liberdade de
comércio, trabalho livre e fim das distinções de raça e de cor."
c) "o movimento reflete o clima de tensão social e política vivida na região. Foi nesta região
que se desenvolveu a maioria das sociedades secretas que divulgaram os ideais
revolucionários de liberdade."
d) "foi um movimento que abortou antes de se iniciar, mas que mostrou um sintoma de
desagregação do Império português na América. Embora não tenha recebido influência
direta da Revolução Francesa os ideais iluministas e liberais estavam presentes no
movimento."
e) "defendendo o federalismo, os insurretos pretendiam proclamar a independência e
organizar o governo com base nos princípios de soberania popular e participação das
camadas mais pobres nas decisões políticas‖.
17. (Mackenzie) "A coalizão de magnatas comprometidos com a revolução mineira não era
monolítica, tendo na multiplicidade de motivações e de elementos envolvidos uma
debilidade potencial. Os magnatas esperavam alcançar seus objetivos sob cobertura de um
levante popular".
(Kenneth Maxwell - "A devassa da devassa").
Assinale a interpretação correta sobre o texto referente à Inconfidência Mineira.
a) A Inconfidência Mineira era um movimento de elite, com propostas sociais indefinidas e
que pretendia usar a derrama como pretexto para o levante popular.
b) O movimento mineiro tinha sólido apoio popular e eclodiria com a adesão dos dragões: a
polícia local.
c) Os envolvidos não tinham motivos pessoais para aderir à revolta, articulada em todo o
país através de seus líderes.
d) A conspiração entrou na fase da luta armada, sendo derrotada por tropas
metropolitanas.
e) A segurança perfeita e o sigilo do movimento impediram que delatores denunciassem a
revolta ao governo.
18. (Mackenzie) O fato de ser alferes influiu para transformar-me em conspirador, levado a
tanto que fui pelas injustiças que sofri, preterido sempre nas promoções a que tinha direito.
Uni minhas amarguras às do povo, que eram maiores, e foi assim que a ideia de libertação
tomou conta de mim.
(Tiradentes)
As razões da insatisfação do alferes e do povo mineiro em 1789 eram:
a) a opressão tributária sobre a capitania cujo ouro se esgotara, o empobrecimento e
ameaça da derrama e a divulgação das ideias iluministas pela elite letrada.
b) a concentração de terras e do comércio em mãos de comerciantes lusos, provocando
intensa xenofobia na região do ouro.
c) a criação de indústrias nesta área pelo governo de D. Maria I, fato que enriqueceu a
população local, gerando a ideia da independência.
d) o predomínio do trabalho escravo na zona mineradora e a ausência total de mecanismos
de alforria e trabalho livre, agravando a crise social.
e) o declínio da produção de açúcar para exportação, despertando o choque de interesses
entre colônia e metrópole, e a ideia de libertação.
19. (PUC-RIO) A Conjuração Mineira (1789) e a Conjuração Baiana (1798) possuem em
comum o fato de terem sido movimentos que:
I - evidenciaram a crise do Antigo Sistema Colonial.
II - visavam à emancipação política do Brasil.
III - apresentavam forte caráter popular.
IV - expressavam insatisfações em face da política metropolitana, particularmente desde a
queda do Marquês de Pombal.
Assinale:
a) se apenas a afirmativa II estiver correta.
b) se apenas as afirmativas I e IV estiverem corretas.
c) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas.
d) se apenas as afirmativas I , II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
20. (UFRS) Associe as afirmações apresentadas na coluna superior com as contestações
setecentistas referidas na coluna inferior.
1- Revolta de Vila Rica (1720)
2- Conjuração Mineira (1789)
3- Conjuração Carioca (1794)
4- Conjuração Baiana (1798)
( ) Foi um movimento inspirado nas ideias
revolucionárias francesas, com expressiva
participação popular, principalmente de
soldados e alfaiates.
( ) O principal motivo de sua eclosão foi o
anúncio da criação das Casas de Fundição
na região mineradora, visando coibir o
contrabando do ouro.
( ) Foi um movimento independentista de
reação aos excessos do colonialismo
português, tendo como principais
articuladores os padres, os militares e os
intelectuais.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses de cima para baixo é
a) 1 - 2 - 4.
b) 1 - 3 - 4.
c) 4 - 2 - 3.
d) 4 - 1 - 2.
21. (FGV-SP) Leia as afirmações sobre a Sedição Baiana de 1798 e assinale a alternativa
CORRETA.
I. Conhecida como Conjuração Baiana ou dos Alfaiates, a Sedição de 1798, foi um
movimento social de caráter republicano e abolicionista.
II. Diferentemente da Conjuração Mineira, o movimento de 1798 teve apoio dos setores
mais explorados da sociedade colonial.
III. Entre as reivindicações dos sediciosos estavam o fim do domínio colonial, a separação
Igreja-Estado e a igualdade de direitos, sem distinção de cor ou de riqueza.
IV. Dos muitos processados, quatro foram enforcados. Entre eles, Manuel Faustino dos
Santos, de apenas 23 anos.
V. O movimento caracterizou-se pela distribuição de panfletos manuscritos na cidade de
Salvador.
a) apenas I, II e IV estão corretas;
b) apenas II, III e V estão corretas;
c) apenas III e V estão corretas;
d) apenas I e IV estão corretas;
e) todas estão corretas.
22. (Udesc) Sobre os movimentos que questionaram a dominação colonial na América
portuguesa, assinale (V) para as afirmativas verdadeiras e (F) paras as afirmativas falsas.
( ) A Inconfidência ou Conjuração Mineira (1789) reunia intelectuais, clérigos, advogados,
mineradores, proprietários, militares, etc.; dentre outros objetivos, pretendia proclamar
uma república em Minas Gerais.
( ) Os sentimentos de liberdade e independência dos inconfidentes de Minas Gerais foram
alimentados pelos ideais iluministas e influenciados pela Independência dos EUA (1776).
Mas nem chegaram a decretar a revolução, pois foram delatados por um dos seus
companheiros.
( ) O movimento baiano (1798), também influenciado pelas ideias de liberdade, igualdade
e fraternidade da Revolução Francesa (1789), teve um caráter popular e contou com a
participação de pequenos comerciantes, soldados, artesãos, alfaiates, negros libertos,
mulatos e escravos.
( ) Os movimentos mineiro e baiano foram duramente reprimidos pelas autoridades
portuguesas. Alguns conspiradores, sobretudo os mais poderosos, conseguiram se livrar das
acusações ou receberam penas mais leves.
( ) No movimento mineiro, o único condenado à morte foi Tiradentes; e no movimento
baiano, apenas os negros e os mulatos foram punidos com rigor, com quatro integrantes
condenados à morte, executados e esquartejados, a exemplo de Tiradentes.
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA, de cima para baixo.
a. V - F - V - V - F
b. V - V - F - V - V
c. F - F - V - V - F
d. F - V - F - V - V
e. V - V - V - V – V
GABARITO | ||||||||||||||
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 |
A | E | E | A | B | D | A | A | E | A | B | ||||
16 | 17 | 18 | 19 | 20 | 21 | 22 | 23 | 24 | 25 | 26 | 27 | 28 | 29 | 30 |
D | A | A | B | D | E |
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