01. (PUCCAMP)
Recife
Não a Veneza americana
Não a Mauritsstad dos amadores das Índias Ocidentais
Não a Recife dos Mascates
Nem mesmo a Recife que aprendi a amar depois -
Recife das revoluções libertárias
Mas o Recife sem história nem literatura
Recife sem mais nada
Recife da minha infância
(Manuel Bandeira, "Evocação do Recife, Libertinagem")
Contextualizando historicamente a Guerra dos Mascates a que a poesia se refere, é correto
afirmar que ela:
a) teve conotação nativista, mas não antilusitana, uma vez que foi um movimento
resultante da luta entre os grandes proprietários de terras de Olinda e o governo, pelo
comércio interno do açúcar no Recife.
b) resultou da insatisfação das camadas mais pobres da população da vila de Olinda contra
o controle da produção e comercialização dos produtos de exportação impostos pelos
comerciantes de Recife.
c) refletiu a lógica do sistema colonial: de um lado, os colonos latifundiários de Olinda
endividados e empobrecidos; de outro, os comerciantes metropolitanos de Recife, credores
e enriquecidos.
d) significou o marco inicial da formação do nativismo na colônia: de um lado, criou um
forte sentimento antilusitano que se enraizou em Olinda; de outro intensificou a luta contra
os comerciantes lusos de Recife.
e) foi um dos mais importantes movimentos de resistência colonial: de um lado, a recusa
dos proprietários rurais de Olinda em obedecer a metrópole; de outro, a luta dos
comerciantes de Recife pelo monopólio do açúcar.